0 Prefácio por Angélica Gomes da Silva. Este livro nasceu das inquietudes de uma mãe
Editora: Editora Juruá
O mundo anda doente. É o que a presente obra pretende dizer sem esquecer de apontar algumas possibilidades de cura.
Das doenças do mundo chamou-nos a atenção a deterioração das relações de convivência entre os humanos, a partir da qual outros males acentuaram o estado de insatisfação que tomou conta da sociedade.
Adotar um filho significa assumir uma trajetória específica para concretizar uma filiação e constituição familiar. É um processo que abrange integralmente a pessoa em sua subjetividade, fundamentando-se em conteúdos racionais e emocionais. É uma decisão de ordem existencial, e como tal, requer uma vivência internalizada do projeto adotivo.
Planejamento familiar é algo extremamente pessoal e delicado. E quando desse planejamento começam a surgir ideias que apontam na direção da Adoção, pode ser que o caminho se torne ainda mais tortuoso. Muito já se avançou, é verdade…
A adoção de filhos não se restringe ao estabelecimento de um vínculo de filiação ao se utilizar da geração biológica de outras pessoas. Todos os filhos, independentemente de sua ligação biológica, precisam ser adotados afetivamente para se tornarem filhos reais.
A experiência de presidir o Grupo de Apoio à Adoção e coordenar o Curso Preparatório Reflexivo para pretendentes à adoção, em cumprimento do art. 50, § 2º do ECA, tem permitido uma grande proximidade daqueles cujo sonho maior é a paternidade/maternidade.
A grande doença do mundo é, sem dúvida, a perturbação da convivência.
O livro Adoção e o Direito de Viver em Família traz experiências de psicólogos, assistentes sociais, educadores e advogados atuantes em Grupos de Apoio à Adoção no trabalho com crianças institucionalizadas, pretendentes à adoção e famílias adotivas.