Sobre Adoção: São divulgadas atividades do Grupo de Apoio à Adoção Legal – GRAAL, em Ouro Fino – MG

Na noite de terça-feira, 10 de abril, o Grupo de Apoio à Adoção Legal – GRAAL Ágape realizou sua terceira reunião na Fundação Assistencial e Educacional José Ruffo Bernardes, em Ouro Fino – MG.

O grupo é formado por pessoas da sociedade civil e tem como desafio se aproximar do judiciário para garantir o direito que a criança tem quanto a convivência familiar e comunitária. “É um grupo que vai estudar esse assunto, que vai tratar e desmistificar o assunto da adoção, que muitas vezes ainda é tratado como um tabu”, explicou Leila José Veronez, uma das fundadoras do grupo.

Leila contou que o grupo teve início em 2004, quando ela e o missionário David Edward Davis começaram a frequentar os Encontro Nacionais de Associação de Grupos de Apoio. Ela destacou a importância de se levantar a bandeira da adoção. “Precisamos incentivar as pessoas que tenham interesse. Precisamos ter um grupo que vá sentar e debater, ver como pode ajudar e ser parceiro do judiciário”, comentou. O grupo busca trazer em toda reunião alguém que está vivendo essa experiência, que já viveu e foi bem-sucedida, que quer adotar e está vivendo essa angústia, ou mesmo que esteja querendo apadrinhar (criar vínculo com a criança ou adolescente a levando para casa por período determinado, como ocorre um final de semana por mês na Casa Lar Escola Esperança e Vida). “De repetente alguém começa a apadrinhar e ela desperta para adotar”, completou Leila.

José Antônio Negri Baganha, 61 anos, bancário aposentado com formação em jornalismo, relatou sua experiência de ter adotado dois meninos há quase nove anos. “Houve uma transformação em nossa vida. Foi uma decisão tomada muito calmamente, com muita pesquisa e serenidade”, relatou Baganha. “Era um desejo nosso de ter filhos, e não conseguimos biologicamente. Então partimos para o caminho da adoção”, completou. Ele contou que hoje o mais velho está com quatorze anos e o mais novo com onze. Baganha comentou que leva uma vida extremamente normal, que não existe nada diferente de um filho biológico. “Nós nunca escondemos deles o fato de serem adotivos, serem filhos do coração. Porém, a gente não fica fazendo propaganda disso para eles o tempo todo para lembra-los que não são nossos filhos biológicos. Eles são nossos filhos e pronto”, disse. Em seu depoimento, contou que é necessário um trabalho de desconstrução e construção. “Primeiro você tem que mostrar para a criança que ela é amada, que ela é querida, que ela é bem-vinda. Em um segundo momento, começa o trabalho de formação dessa criança. Costumes, educação, comportamento”.

Os participantes trocaram experiências e conversaram sobre diversas questões relacionadas ao tema da adoção. Meire Rodrigues Machado, trabalhou durante 24 anos como assistente social do Fórum de Ouro Fino e contou um pouco sobre os procedimentos para quem deseja realizar a adoção. “O Conselho Nacional de Justiça determina que todo casal que queira adotar tem que recorrer ao Fórum. Através da assistente social, ele junta toda uma documentação, inclusive um laudo psicológico, laudo social, documentos pessoais, comprovantes de renda e monta-se um processo que vai para aprovação do judiciário”, contou. Meire esclareceu que a adoção pode ser realizada por pessoas solteiras ou casais, independente de orientação sexual, respeitando a diferença de idade de 18 anos com a criança ou adolescente que será adotada.

Reportagens no link do vídeo no Canal do YouTube:

https://youtu.be/5k_lnBORMok

https://www.youtube.com/watch?v=sDb13NvCAdo&t=3s

David Edward Davis, Diretor de Expansão da Casa Lar Esperança e Vida, e um dos fundadores do grupo GRAAL Ágape, contou que depois de ver a tristeza de crianças e adolescentes no projeto de acolhimento, que desanimavam de ter uma família quando sua família biológica não foi recuperada, buscou trabalhar em prol dessas adoções. “Eu queria ver como incentivar e divulgar nessa cidade essas adoções necessárias, de crianças maiores e adolescentes, de irmãos, de especiais, para não desanimarem e terem chances de ter uma família”, contou o missionário. “Estou nessa luta há muitos anos, plantei a semente e agora estamos iniciando nosso próprio grupo em Ouro Fino”, completou. David espera que isso possa fazer diferença com os acolhidos. “Ao invés deles terem a tristeza de ver apenas os pequeninos saírem para adoção, muitas vezes dividindo grupos de irmãos, os pequenos indo para a adoção e os grandes não, espero que os grandes possam ter alguma esperança que Deus irá providenciar também famílias para eles. Esse é o objetivo e o desejo”, concluiu.

A mobilizadora do SENAR, Riva Waldvogel, foi convidada para fazer a abertura do encontro. Em sua breve apresentação, contou uma história inspiradora sobre o tema da adoção. Ela destacou que espera contribuir com o grupo e que este é um novo passo em sua vida, sendo o SENAR a ferramenta que possibilitou sua aproximação da fundação.

A Coordenadora da Fundação Assistencial e Educacional José Ruffo Bernardes, Leila José Veronez, explicou que existe um convênio entre a fundação e a prefeitura, que passou a gerir a instituição. Ela esclareceu que o programa trata de medidas sócio educativas em meio aberto. “Aqui ninguém fica internado, ou em semiliberdade. É prestação de serviço à comunidade. O adolescente que cometeu ato infracional passa por uma audiência com o juiz, que manda ele para cá”, comentou. Leilla destacou a importância da responsabilização do ato, que precisa ser trabalhada. “Aqui ele tem algumas atividades, que não são punitivas. Ele tem cuidado com a manutenção do local, ele trabalha com o canteiro de mudas, ele tem um pouco de esporte, atividades de leituras, conversas”. Leila disse que os jovens também participam de cursos, alguns deles pelo SENAR. “A gente tenta trazer algo diversificado, para que eles venham aqui e não só façam algum trabalho, mas que também tenham alguma outra atividade, porque nós temos que descobrir nesses adolescentes a sua aptidão”, comentou a coordenadora anunciando o início do oferecimento de aulas de música.

A próxima reunião do Grupo de Apoio à Adoção Legal – GRAAL Ágape acontece no dia 08 de maio, às 19h30, na Fundação Ruffo Bernardes, e é aberta a toda comunidade. Mais informações podem ser obtidas com Leila, através do telefone (35) 99972-5055.

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